Quero tratar neste texto de preconceito, desigualdade e representatividade na produção artística. Mas o farei a partir eventos bastante específicos e sensibilizações que tive ao longo desta semana. Também estou organizando o que apreendi de uma dissenção real entre a comunidade trans para refletir nas consequências epistêmicas das posturas discursivas. Para que possamos diminuir nossas disputas narrativas entre grupos trans e expandir nossas ressonâncias. Além disso, há uma reflexão sobre como lidar com alianças pontuais que estão longe de ser ideais. Para tanto trago para o eixo da transfobia o conceito de “existência violenta” da pessoa privilegiada.
Esta semana foi lançado o filme A Glória e a Graça, com Carolina Ferraz no papel de Glória, uma travesti carioca, dona de restaurante. Graça é mãe de duas crianças e descobre que tem uma doença terminal. Ela então procura sua única parente viva, a Glória, para pedir que cuide de seus filhos. O conflito da narrativa é resolução da briga que separou as duas já faz muito tempo. É uma história de reconciliação.
Não vi o filme (estou na semana da estreia e não poderei ir ao cinema) e não o resenharei. Que me interessa no momento são as reações em torno da divulgação do filme. Como obras caras que são, filmes de primeira linha mobilizam um grande aparato de comunicação tanto da mídia tradicional quanto da internet.
Há alguns fatos independentes e concomitantes ao lançamento do filme que chamaram minha atenção:
Estamos em um mês de bastante visibilidade da população trans. Artigos de revista, entrevistas, participações em programas, matérias em telejornais. Quase tudo apresentado pelo mesmo conglomerado de comunicação. É prática costumeira deste conglomerado – a ponto de nem estranharmos mais – que assuntos relacionados ao tema do seu novo folhetim principal apareçam em todos os seus programas pouco antes da estreia. E o próximo folhetim em vias de estreia terá protagonista trans e abordará questões afins.
Esta movimentação repercutiu positivamente porque é urgente a visibilidade para construir um consenso do direito à vida; Muitos novos contatos editoriais e jornalísticos foram estabelecidos com ativistas políticos. Embora tudo seja sinal de trabalho que deve ser continuado para permanecer, as portas abertas, já são boas notícias.
Este mês a classe artística trans organizada lançou o Manifesto Representatividade Já e iniciou uma luta coletiva contra a exclusão de pessoas trans do mercado de trabalho com arte e cultura. Luta das mais importantes, pois sem oportunidades de trabalho não há oportunidade de participação na criação. E não se trata apenas de uma exclusão socioeconômica, mas também da violência cultural e epistêmica que é negar espaço na cultura para que artistas trans expressem.
E é entre estes acontecimentos que ocorre a estreia do filme A Glória e a Graça.
Como, então, este filme não seria questionado da escolha da atriz Carolina Ferraz para o papel da travesti Glória? A meu ver, todas as condições para isto acontecer estão presentes.
Pelas redes sociais repercutindo o lançamento do filme três tipos de reação chamaram minha atenção: Haviam pessoas defendendo os méritos do filme. Pessoas protestando contra o fato do papel principal do filme não ser oferecido a uma atriz trans. E amigas travestis e transexuais vendo o trailer e já se convidando umas às outras para verem o filme, porque lhes agradou a narrativa.
O grupo que recebeu o filme como um convite ao lazer é formado por pessoas que, embora lutem contra a transfobia em seus círculos sociais, não atuam como influenciadoras digitais nem como comunicadoras sociais.
Os dois grupos de debatedores já é composto por pessoas trans que se propõe a fazer um trabalho intelectual e político. São acadêmicas, artistas e intelectuais que se propõe a criticar de forma mais sistemática a sociedade. É natural que entre as pessoas mais comprometidas com as narrativas públicas sobre pessoas trans surjam as dissenções e disputas sobre quais narrativas devem ser aplicadas na interpretação política do filme.
Temos narrativas que optaram por se sensibilizar com o filme e a caracterização da protagonista trans e defendê-lo. Ao defenderem que uma produção tão cuidadosa e positiva é boa, sinto que este grupo está alinhado com a percepção do público trans que recebeu bem o filme. Como não vi o filme, não posso dizer qual é minha impressão, mas vendo o trailer, a sinopse e os comentários da produção, creio que o filme cumpre este papel. Adiante falarei mais da reação positiva do público.
E há quem optou por denunciar a relação e o papel desta produção com as opressões estruturais excluindo pessoas trans. O que é legítimo considerando a proposta do Manifesto Representatividade Já. Há também uma parcela do público que se identifica com esta posição. Uma que rejeita o filme.
Um problema desta argumentação é quando se usam argumentos de mérito estético, artístico ou de gosto para decidir qual posição política devemos ter sobre o filme ou quando se tenta ajuizar o valor do filme a partir de questões peculiares desta obra. Porém, os discursos desta forma revelam bem o que cada grupo demanda politicamente e se prestarmos atenção a isso percebemos que todos estão falando do que sentem o que sentem é exclusão por transfobia. De tal modo que o desafio político do debate é conectarmos as diferentes narrativas pelo que têm em comum.
Começando pelo público trans do filme que não se interessou por esta discussão: São pessoas que viram uma boa oportunidade de lazer. Mais que isso: viram um convite.
Se me convidam para uma atividade cultural que não é especificamente trans, sei que terei que enfrentar hostilidades, ao menos olhares, questionando o que eu faria lá. Conforme o discurso de ódio grassa, é cada vez mais comum que os seguranças dos espaços de cultura desconfiem da minha presença e me tratem como persona non grata.
Então, sempre que há uma pessoa ou tema trans em destaque, a “justificativa” para eu estar lá vem estampada no cartaz do evento. Dá uma segurança a mais para participar. Entendo este público porque sinto o mesmo.
Público que, espero, quem participou da produção do filme valorize muito, porque embora o ingresso pago seja o mesmo, cada espectadora e espectador trans do filme se exporá a centenas de olhares transfóbicos, custo que o público cisgênero não terá que arcar. Alguns com certeza nem conseguirão ver o filme por conta de alguma perseguição ou agressão. (Enquanto escrevo este texto, surge mais um caso de interdição do público trans aos bens culturais [link].) E aqui se torna evidente existência violenta deste filme em sua relação com o público trans.
O que as discordâncias em torno da interpretação do filme me trouxeram não é uma disputa necessária entre os três grupos, mas uma falta de comunicação entre os mesmos. De fato, temos um longo caminho a percorrer até que o público cis e trans esteja consciente da necessidade de uma arte mais diversa. É necessário ainda fazer a própria classe artística cis reconhecer esta necessidade. Isso, porém, passa por tentar popularizar a produção cultural no Brasil que é historicamente concentrada e está sob controle financeiro de algumas poucas famílias.
Alerto que fomos todos educados para ver em nossos pares como concorrentes e nos colocamos em competição por praticamente tudo. Na verdade, existe um sistema que naturaliza a escassez de oportunidades e nos faz brigar por poucas oportunidades de “ascensão” na carreira quando deveríamos estar nos organizando em redes de reconhecimento e apoio mútuo. De tal modo que podemos ver na carência do público por produtos de lazer e cultura como exclusão do mesmo e não meramente alienação do público. Assim, os três lados da discussão podem unir-se em uma luta mais ampla por mudança estrutural mais profunda e inclusão menos circunstancial. Novos tipos de proposta de ação e alianças podem surgir quando não mais disputarmos ponto a ponto, uma narrativa de resistência singular.
Da escolha pela atriz, sei que o projeto do filme demorou muito para ser realizado e que a Carolina Ferraz quis o filme e a personagem Glória. As outras personagens trans do filme são interpretadas por atrizes trans e esta foi uma escolha política paliativa, mas já fruto do diálogo prévio, de muitos anos, a respeito de oportunidades para artistas trans no mercado formal.
Se olhamos com microscópio, apenas pelo caso individual, vemos uma atriz de carreira sólida que desejou muio um papel e conseguiu viabilizá-lo. Ao lançar o filme para o público, também tenta trazer alguma visibilidade positiva para a população.
Se não fossem por desejos individuais como o de Carolina Ferraz, projetos como este não seriam feitos no mercado brasileiro. O Brasil é famoso tanto pelo cinema autoral de qualidade quando há condições quanto pelo cinema enlatado e pasteurizado proporcionado por um oligopólio midiático que de tão onipresente, se faz presente inclusive na produção autoral. É um mundo cão de arte do qual, apenas por esforços pessoais e ainda assim com restrições, é possível inovar.
Notei também que a Carolina Ferraz saiu-se muito bem em suas entrevistas de divulgação do trabalho: Não apenas apoiou o movimento de artistas trans e seu manifesto como não procurou defender sua escolha para o papel. Até aqui a vi expressando sua vontade de interpretar aquele papel e que fez o mais respeitoso possível. Entre defender um suposto “direito” a ser escolhida para o papel e defender a demanda dos artistas trans, ela escolheu apoiar o coletivo que sofre com a falta do trabalho. Isso acho individualmente positivo.
Elaine Brum trouxe o conceito de existência violenta das pessoas privilegiadas socialmente, com ele consigo interpretar melhor posicionamentos pessoais como os da Carolina Ferraz. Não se trata de “bater palma” ou não. Isto é menos relevante do que a abertura da atriz para o entendimento que sua interpretação da Glória está também impregnada dos seus privilégios enquanto atriz cisgênera. E que na medida em que essa oportunidade lhe ocorreu dentro do cistema, ela agora se aproximou e se comprometeu mais com a dívida histórica da sociedade brasileira com a população trans.
Pensar este filme a partir das questões levantadas pela comunidade artística trans me fez entender como é poderosa esta ideia de existência violenta na interpretação da produção cultural, que por ser autoral é circunstancial, frente as exclusões socioeconômicas.
A meu ver, tanto para o bem quanto para o mal (da nossa causa política), focar demais no evento específico da escolha deste papel principal não me parece boa estratégia. O lançamento individual deste filme, assim como a escolha da atriz principal é um efeito pontual de uma estrutura que continuará se repetindo.
Explico esta recomendação de estratégia política:
Dado que faltam produções estreladas por pessoas trans no mercado brasileiro de cinema e televisão e este filme faz parte deste mercado, o que se quer atingir politicamente é denunciar a estrutura que exclui pessoas trans da produção cultural. Porém, temos que levar em consideração como nossa mensagem será recebida.
Sabemos de todas as denúncias feitas por todos os movimentos por direitos de minorias que a primeira linha de defesa simbólica do opressor é esconder o problema sistêmico atrás dos “casos isolados”. Tanto que na prática das denúncias, já sabemos que para denunciar sistemáticas de exclusão e ódio contra as populações os dados estatísticos são uma arma poderosa. É também por isso que hoje em dia os reacionários do mundo todo têm procurado desmantelar ou controlar a produção de estatísticas sobre os problemas sociais das minorias. (O caso mais recente aconteceu nos Estados Unidos, perguntas sobre a população LGBT foram retiradas do censo 2020.)
Não é diferente com pessoas trans na produção cultural. Toda vez que se questiona um caso específico, aparecem mil malucos do vácuo para dizer, indignados, o quanto os pobres artistas cisgêneros se prepararam e lutaram pelo papel. Tudo bem que sempre podemos mandar estes sujeitos à merda, mas de um ponto de vista discursivo e político, nosso discurso está sempre provocando um ruído prejudicial. Independente da escolha que façamos, ter a consciência dos modos sistêmicos como nossos discursos são interpelados nos dá controle e faremos esta escolha conscientemente.
Então, sabendo que isso acontece sistemicamente, é possível construir outra narrativa mais forte a partir dos dados da produção artística nacional e contabilizar também a produção trans. Também é preciso ver o quanto desta produção foi financiada através de oportunidades específicas e nichadas (projetos específicos para fomentar a produção artística trans). Esse refinamento nos permitirá mostrar que a exclusão das pessoas trans da produção cultural é mais grave, pois o financiamento específico é uma compensação paliativa necessária, mas que não pode servir de maquiagem quando denunciamos de um mercado principal fechado para nossa produção cultural.
O fomento específico é uma política pública que pode mudar, enquanto que a inclusão no mercado principal é sinal de mudança estrutural. Temos que fazer essas medidas, acompanhá-las, divulgá-las e embasar nosso discurso nelas.
Quando argumentamos a exclusão sistêmica a partir de dados sistêmicos, podemos isolar facilmente os contra-argumentos de “casos específicos”. Agora, se escolhemos criticar cada obra específica que foi trans-excludente sem apontar para o cistema, isso fortalece a narrativa dos interlocutores ávidos por mostrar que é tudo “caso isolado” ou que somos “contra a expressão do talento” das “pobres” pessoas cis. São falácias que precisamos começar a combater pois são sistematicamente usadas contra nós.
Assim como na academia, o meio da produção cultural se entende como um espaço meritocrático por excelência, no qual o talento e o esforço é recompensado. Neste sentido o Manifesto Representatividade Já começou bem ao resgatar a memória das carreiras trans estranguladas no meio artístico. Temos que investir na denúncia destas carreiras, em sua produção e exclusão. A disputa narrativa é árdua e dependerá de muito foco nos pontos que desejamos sustentar pois eles serão o tempo todo atacados por todos os lados.
É diante desta perspectiva estratégica que se pode cogitar aproximar-se discursivamente da Carolina Ferraz e buscar construir não só com ela, mas com o meio artístico cisgênero sensibilizado por nossa exclusão, um comprometimento com a narrativa política do Manifesto Representatividade Já contra o discurso excludente da “qualidade da produção”. Afinal, o filme já foi produzido e uma parte imediata e pragmática da luta por espaços para artistas trans se dá nas produções que hoje estão fazendo audições para o elenco.
Um outro motivo para não focar a crítica no filme é aproveitar a oportunidade e comunicar-se diretamente com o público trans sensibilizado pelo filme. Do ponto de vista da comunicação social faz diferença entre dizer que “o filme deveria ser protagonizado por uma atriz trans” ou “faltam produções culturais protagonizados por atrizes trans para para todo este público”. Um discurso é mais pontual, mas a mensagem sofre mais contestação direta. O outro irá mais longe nos círculos de produção e consumo de cultura. Isso que proponho já vejo funcionar no mercado musical. Aos poucos o público está começando a identificar-se como público de música trans e queer.
Gostaria ainda de pontuar que, infelizmente, não temos no país a cultura de diálogo construtivo. O que geralmente arrasta nossas dissenções políticas para os extremos das posições. Isso só algumas vezes é necessário. A maior parte do tempo a política é o esforço consciente de procurar consensos práticos que viabilizem a luta.
Tenhamos em mente que o movimento trans brasileiro tem uma história de imensas traições de aliados e constantes pequenas traições. Por estes motivos temos uma tradição de narrativas contra aliados que não estejam totalmente conosco. Elas repercutem a dificuldade de diálogo presentes em nossa história e cabe a nós decodificar as lições e sabedoria destas narrativas e usá-los a nosso favor.
O movimento trans também tem uma resistência heroica conta as pressões de assimilação e de construção de uma narrativa externa das nossas identidades. Porém, nós resistimos porque não toleramos que o significado de luta daquelas que vieram antes de nós seja esvaziado. Mesmo assim, nossa identidade não deixou de ser moldada por estas pressões e pelos pactos estratégicos que fizemos com instituições transfóbicas e travestifóbicas para acessarmos algum serviço básico do estado e construirmos nossa visibilidade institucional. Então é bem compreensível nossa narrativa de resistência tão aguerrida e até isolacionista. Mas toda esta compreensão deve reverter-se em sabedoria para saber exatamente quando, como e em que medida devem ser usadas estas formas discursivas.
(É por isso que peço às ativistas históricas que escrevam suas memórias. Peço por um esforço acadêmico de registro e catalogação da história oral. E por um esforço do próprio movimento em registrar nossas narrativas. Precisamos muito deste corpo de conhecimento circulando vivamente entre nós para que saibamos interpretar os modos discursivos que usamos e saibamos usá-los em nossas lutas. Ninguém construirá esta sabedoria por nós.)
Porém, sabemos que as conquistas vieram de nossa abertura para oportunidades. Não percamos de vista que estamos lutando por inclusão em uma sociedade que será transfóbica por muito tempo ainda. Os direitos que não temos hoje, provavelmente virão antes do fim da transfobia. Desta consciência temos que manter a radicalidade dos discursos necessários à nossa cultura de sobrevivência enquanto nos abrimos para as oportunidades de sobrevivência.
Infelizmente, isso que estou propondo não é fácil. Algumas pessoas trans, quando encontram alguma estabilidade, se esquecem da necessidade de sobrevivência e radicalizam seus discursos sem levar em consideração a falta de oportunidades de sobrevivência para toda. Temos que exercitar muito como coletivo o reconhecimento da diversidade lutas por sobrevivência e unificá-las em um discurso de sobrevivência que não dispute os modos específicos pelos quais outras pessoas estão conseguindo sobreviver diante de exclusões que são, no mínimo, brutais.
Não creio que apenas o fato de uma atriz cis interpretar uma personagem trans e feminina sinalize um ganho político duradouro. Na dramaturgia brasileira já tivemos Cláudia Raia no papel de Ramona em 2001 e tivemos Letícia Spiller como Rochana em 2014. Até onde acompanhei, nenhuma destas interpretações foi lembrada no debate atual. E isso reforça para mim a necessidade de tratar estes casos como eventos pontuais.
De mudança sistêmica que o lançamento do filme aponta para, vejo que temos uma tendência de obras retratando positivamente a população trans. Há ganhos pontuais para o público trans de cinema, que se sente convidado a apreciar a arte e frequentar espaços de lazer que muitas vezes não é bem-vindo. Se continuarmos a ter mais obras assim, o público trans pode começar a se interessar por consumir cultura. É preciso, vejam só, que o público cis também se acostume a dividir os espaços de lazer e cultura com pessoas trans e outras minorias sociais. Tudo isso depende de encontrarmos nos eventos em torno do filme, oportunidades para tratar destes temas. Por isso o foco no valor intrínseco do filme não me interessa e recomendo que não coloquemos nossas energias nele. Há muitos debates em torno disso que produzirão maiores ganhos políticos.
Quanto à classe artística trans, ela só se beneficiará deste trabalho se ele fomentar diálogos a respeito da necessidade de produção cultural trans. A classe artística trans tem razão que, caso apenas esse tipo de visibilidade seja fomentado, o público se acostume a ver personagens trans nas telas, mas não pessoas trans e tão pouco o trabalho artístico e cultural de pessoas trans. E independente dos pontos positivos que isolamos é fato que a arte amplamente divulgada no Brasil ainda é muito elitizada, branca, masculina, heterossexual e cisgênera. Mudar isso é um porvir e é uma conquista que, creio eu, está longe.
Por isso recomendo paciência e prudência para que nosso foco não sejam as contingências apenas, mas que nossas ações, diálogos e narrativas cortem a barreira das polêmicas do momento e se aproximem mais das mudanças culturais estruturais que realmente precisamos. Também para que não menosprezemos um gesto de boa vontade pode iniciar diálogos que abrirão mais portas e oportunidades.
Me despeço com o convite para fazermos da nossa sobrevivência coletiva uma arte.
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