Tenho acompanhado a discussão em torno da campanha que Thammy Miranda participa dos dias dos pais. Ele não representa a realidade social dos homens trans brasileiros. Se pensarmos em determinantes sociais e marcadores da diferença, ele realmente ocupa um lugar que homens trans não estão. Ele possui vantagens, privilégios e visibilidade. Faz, ou vem tentando Leia Mais
“A fé na vitória tem que ser inabalável.” – O Rappa
Eu entrei no mestrado em agosto de 2010, naquela época minha aparência ainda era lida como a de uma mulher masculina. Entrei no mestrado no mesmo ano que terminei a segunda graduação em Educação Física, fiz licenciatura e bacharel. Fui selecionado também para a primeira turma de uma Especialização em Gênero e Sexualidade, tudo ao mesmo tempo. Fiquei muito feliz, muito mesmo, com tudo que estava me acontecendo. Na Iniciação Científica, alguns professores já diziam que eu tinha que fazer pós graduação. Publiquei os meus dois TCCs: em uma revista eletrônica Argentina e outro em capítulo de livro.
Quem fala hoje aqui é o amante por cinema, compulsivo por filmes, que muitas vezes vara a noite vendo filmes e seriados. Nunca falei disso assim publicamente, mas hoje é por uma boa causa! Unindo-se a essa parte, está também o Leonardo, homem trans que acabou de ver um filme de amor, que me deixou Leia Mais
Minha sensação em relação ao ENAHT são duas: Uma muito boa e de total realização e outra de descontentamento.
O descontentamento foi ver desrespeito, não reconhecimento histórico e dedo apontado. É complicado apontar o dedo para quem deu o ponta pé inicial, quando muitos de nós nem éramos nascidos; É complicado apagar a história de luta solitária, de homens trans que a anos atrás revindicavam espaço e voz no movimento sem serem escutados; É complicado entender que se hoje a nova geração – e me incluo aí – pode se expressar e viver de maneira melhor, foi porque um dia lá atrás homens trans sozinhos tentaram e não conseguiram ser reconhecidos.
O esquete Valéria está noiva apresentado no programa da Rede Globo Zorra Total no dia 6 de setembro de 2014 trouxe uma triste, embora previsível, novidade para o “humor” brasileiro: A sátira de um homem trans. O personagem em questão fez parte do quadro já conhecido por apresentar uma caricatura grotesca e humilhante das mulheres trans.
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