Meu corpo era esfinge faminta que parou minh’alma em sua viagem:
— Decifra-me ou a devoro: Quem é você?
A alma parou diante do enigma:
O repouso engendrou o silêncio.
O silêncio ensinou a contemplação.
A contemplação mostrou o mundo, que estava repleto de dor.
Ao sentir dor, sofri.
O sofrimento avivou a fúria.
A violência consumiu só a alma porque a dor, esta pertence ao mundo.
Exausta, entreguei-me à dor e deixei as lágrimas lavarem meu coração.
Enfim entendi que a compaixão é a verdade da dor.
Neste sentimento encontrei esperança, olhei para frente e vi-me no espelho da existência.
Ele mostrava que alma e mundo são apenas o reflexo um do outro.
Senti coragem, olhei para trás e vi apenas o caminho que percorri;
Compreendi o enigma:
— Assim como o raio é um caminho no ar e o rio é um caminho na paisagem, eu sou um caminho na vida.
Finalmente, o corpo fez-se meu e tornei-me uma.
A esfinge ainda existe. Pacata, mas provocadora.
Só mantém o velho hábito impertinente de perguntar a todas as almas que encontra:
— Quem é você?
Gostou do texto? Divulgue entre os seus amigos! Obrigada!
no facebook | no google+
var _gaq = _gaq || []; _gaq.push(['_setAccount', 'UA-37386012-1']); _gaq.push(['_setDomainName', 'transliteracao.com.br']); _gaq.push(['_trackPageview']);
(function() { var ga = document.createElement('script'); ga.type = 'text/javascript'; ga.async = true; ga.src = ('https:' == document.location.protocol ? 'https://ssl' : 'http://www') + '.google-analytics.com/ga.js'; var s = document.getElementsByTagName('script')[0]; s.parentNode.insertBefore(ga, s); })();
Deixe uma resposta